O Podcast Unesp, em parceria com a Área de Hidráulica e Irrigação do Campus de Ilha Solteira da Unesp, publica semanalmente noticiário sobre a agricultura irrigada e agroclimatologia. O objetivo é orientar as formas de manejo racional da água e energia. Fernando Braz Tangerino, professor da Unesp de Ilha Solteira, conta detalhes de sua participação no III Simpósio Manejo Sustentável de Pastagens em Rondônia – SIMSPRO.
“Participamos do II Simpósio Manejo Sustentável de Pastagens em Rondônia, onde proferimos a palestra Perspectivas e Desafios da Irrigação de Pastagens para um público formado por 160 pecuaristas e extensionistas. Segundo o trabalho coordenado pelo professor Osvaldo Neto, Rondônia tem uma área adicional estimada em 1.300.000 hectares, representando 2,1% da área potencial do Brasil, sendo 760 mil hectares de alta aptidão em solo e relevo. Abrimos falando das oportunidades e dos efeitos multiplicadores trazidos pela expansão da agropecuária irrigada e da necessidade da capacitação forte, consistente, continuada, e do conhecimento de todo complexo de solo, atmosfera, água, sistemas de irrigação, custos, investimentos, e produção de alimentos para que no mesmo tempo em que podemos defender a agricultura irrigada com coerência, devemos mudar o que chamamos de “cabeça de sequeiro” na formação e atuação do engenheiro agrônomo, o que nada mais é do que acreditar que as chuvas viram no momento e na quantidade desejada. Deficit hídrico pode acontecer, e acontece até em Rondônia onde se chove em média 2,400 ml anuais”.
O professor faz um panorama da produção de leite em Rondônia.
“São 38 mil propriedades rurais que empregam 100 mil pessoas nas propriedades rurais, 5 mil pessoas na indústria, movimenta cerca de R$ 665 bilhões de reais ao ano, apenas dentro dos municípios, e tem produção diária de 2,6 milhões de litros de leite. Oitavo lugar no Brasil, e o primeiro lugar na Região Norte. Bom, né? Não. Com média de apenas 4,6 litros por vaca, por dia, já teve produção de mais de 4 milhões de litros por dia. A capacidade de processamento de leite apresenta ociosidade, e há muito o que fazer para aumentar a produção e principalmente a produtividade do setor”.