Além dos benefícios que já mencionamos, a energia eólica também movimenta a economia mundial e gera emprego e renda para milhares de famílias. De acordo com dados do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), cerca de 190 mil postos de trabalho no Brasil têm relação com a cadeia produtiva da energia eólica. A estimativa da ABEEólica é que para cada novo MW instalado, 15 empregos diretos e indiretos sejam criados.
E as oportunidades são amplas. Um estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) mapeou 52 profissões e ocupações distribuídas nos cinco grupos de atividades que compõem a cadeia eólica: construção e montagem; desenvolvimento de projetos; ensino e pesquisa; manufatura; e operação e manutenção do parque eólico. E são carreiras para todos os graus de formação.
Uma profissão que chama a atenção no estudo é o técnico em meteorologia, exigido em três das cinco fases da cadeia — montagem, desenvolvimento do projeto e operação. O técnico atua no levantamento de dados sobre a velocidade e direção dos ventos, realizando a instalação e a manutenção das torres de medição (chamadas de anemométricas). Pelo estudo, esse tipo de profissional pode progredir no setor e se tornar Técnico em Operações e Manutenção de Parques, aumentando, assim, seu rendimento.
A ABDI também mapeou mais de 400 empresas envolvidas, entre fabricantes, fornecedoras de peças e prestadoras de serviço. Além disso, a energia eólica gera renda em locais afastados, especialmente com arrendamento de terra de pequenos proprietários para colocação das torres. Estima-se que mais de 4 mil famílias recebam ao todo mais de R$ 10 milhões mensais.
Em relação aos investimentos no setor, somente em 2017 no Brasil as cifras foram da ordem de R$ 11,4 bilhões, representando 58% do total realizado por todas as fontes renováveis no ano.