O vento nada mais é do que o ar em movimento. Por isso, sentimos quando ele se desloca de um lado para o outro. O vento é gerado pelo aquecimento não homogêneo da atmosfera, que é uma consequência das irregularidades da superfície terrestre (por exemplo: terra versus mar), da rotação da terra (noite versus dia) e da forma quase esférica do nosso planeta.
As massas de ar mais quentes sobem na atmosfera e geram zonas de baixa pressão junto à superfície da terra. Como consequência, massas de ar frio deslocam-se para essas zonas de baixa pressão e dão origem ao vento. Para que esse vento seja transformado em energia, o processo é simples e inicia quando os aerogeradores (ou turbinas eólicas) captam essa energia do vento.
Nos modelos mais tradicionais, a força do vento gira as pás do rotor, o qual conecta-se com o eixo principal, que, por sua vez, move um gerador elétrico. Dentro da nacele da turbina, entre o eixo do rotor e o referido gerador, há uma caixa multiplicadora de velocidade, que eleva a rotação do rotor de cerca de 15 giros por minuto para cerca de 3 mil giros por minuto ou mais, permitindo que o gerador produza eletricidade na frequência adequada.
A eletricidade gerada é então enviada por cabos que descem pelo interior da torre e, no caso de sistemas interligados à rede, se conectam com uma rede de energia e é levada para as centrais, onde pode ser unida a outras formas de energia antes de seguir para os domicílios.
Para aproveitamento máximo dos ventos para a geração de energia eólica, o ideal é que estes sejam rápidos e constantes, porém sem rajadas, preferencialmente mantendo-se unidirecionais. Isso porque toda vez que o vento muda de direção ou de velocidade, por exemplo, os ângulos das pás são alterados, bem como a posição do rotor e as condições de turbulência do vento. Portanto, quanto mais constante o vento, menos ajustes para serem feitos e maior rendimento do equipamento.
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